quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O Prazer da Criação na Infância

                           Esta tinta pode colocar na boca, feita com farinha e corante alimenticio.
                                                     Liberdade de movimento e expressão.
                              Atividade feita com diversos materiais: Jornal, linha, giz de cera.
                                          Atividade com tinta guache no papel e na camiseta.

O momento em que a criança vai representar através do desenho, da pintura, do recorte, da colagem de diversos materiais o que esta sendo desenvolvido em aula, é um momento importante, pois ela irá voltar-se para si mesma, seus pensamentos, sentimentos, perceber, tocar.  Um espaço assim  convida para a criatividade, para a alegria de ver o resultado do seu trabalho, um espaço de interação com o objeto de estudo e com os colegas.
 Os desenhos prontos, estereotipados, onde a criança apenas vai pintar ou colar algo, mais nada, constrange, reduz toda a criatividade, o desenvolvimento cognitivo e afetivo.  E mais, o prazer de criar, experimentar, inventar, pois é um desenho sem encanto, sem magia, sem a participação da criança.
O criar é uma tomada de contato com o mundo, em que a criança muda principalmente a si mesma. Ainda que afete o ambiente, ela não faz intencionalmente, pois tudo o que a criança faz o faz em função da necessidade do seu próprio crescimento, da busca de se realizar. ( Moreira, 1984, p.38)
Quanto mais diversidade na escolha de materiais, de texturas, mais estimulos a criança receberá para criar.
 Neste momento a criança trabalha também os laços afetivos e cognitivos, concretizando em formas e cores, os sentimentos, as emoções, as experiências e as conquistas.
A natureza é uma fonte riquissima de materiais para trabalharmos na educação infantil: apalpar a terra, brincar com água, folhas, cascas de árvores, flores, ouvir os sons da natureza, o canto dos passáros, o perfume das flores, das frutas, olhar o céu. E ainda podemos lançar mão dos materiais recicláveis para construir com as crianças e cuidar do meio ambiente. A criança aprende olhando o mundo com todos os sentidos. Ver, experimentar e criar.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Brincando de boneca, brincando de Mamãe e Filha






A boneca é um dos brinquedos mais antigos e populares de todo o mundo e sempre fez parte do imaginário das meninas. No passado as bonecas eram feitas de diversos materiais: bonecas de louça,  de pano, de madeira e na nossa região: de pano,  sabugo de milho e palha de milho, principalmente no interior onde as crianças faziam seus próprios brinquedos e criavam diversas situações onde a imaginação corria solta. Hoje as bonecas praticamente brincam sozinhas e as meninas ficam mais observando: elas dançam, falam, choram, dormem, caminham, mamam e muito mais...propiciando muito pouco na questão de interação entre a criança e o brinquedo. A Barbie é outro tipo de boneca que representa uma jovem e tenho observados as meninas apenas brincando de trocar as roupas das mesmas, tiram uma e colocam outra, sem maiores criações.
Na atualidade onde as crianças tem sido bombardeadas com diversos tipos de imagens apelando para o consumismo e o amadurecimento precoce, temos que estar mais atentos aos brinquedos e jogos que oferecemos as crianças, para que elas possam viver a sua fase de fantasias, de encantamento, de criatividade, onde suas emoções, seus conflitos são naturalmente trabalhados na hora de brincar. Os brinquedos simples e adequados a idade, são os melhores para as nossas crianças.
A boneca é um excelente brinquedo, principalmente as de pano, por favorecer o desenvolvimento da afetividade, da relação mãe e filha, da interação criança-criança e criança-objeto. A boneca  pode ser feita pela educadora e até pela própria criança com pequeno retalhos de pano.
Como sugestão fazer uma oficina de bonecas e convidar as mães que quizerem ajudar na confecção junto com os filhos, com certeza todos vão gostar. Já fiz esta experiência e foi muito boa.




 Na semana passada oportunizei uma tarde onde as meninas deram banho em suas bonecas, os meninos ajudaram, depois elas secaram, vestiram e as colocaram para dormir nas almofadas. Foi muito agradavel e no final representaram com um desenho com tinta guache toda a brincadeira.
 Brinquedos e brincadeiras tão simples, mas  que sempre encantam o universos infantil.


sábado, 25 de agosto de 2012

O Espaço na Educação Infantil

A exploração e a organização do espaço na educação infantil é importantissimo para o bom desenvolvimento da criança, promovendo  interações, convidando ao uso de diversos materiais e criando uma atmosfera participativa. Não podemos ficar restringidos apenas ao ambiente da sala de aula, mas também,  aprender a desfrutar da escola e do entorno, possibilitando novas experiências e sensações, onde ela seja agente do seu conhecimento.
Sabemos que nem sempre é possivel, por não termos um espaço adequado, no entanto há de se buscar outros recursos e irmos aos poucos concientizando as pessoas responsáveis pelas contruções e organizações de escolas infantis, que a criança necessita ter espaço adequado ao seu desenvolvimento para a sua aprendizagem, ter seus trabalhos expostos, pois isso valoriza as competências, os direitos e os deveres de seus protagonistas, principalmente nos dias atuais onde as crianças estão cada vez mais presas em ambientes fechados, mantendo-se por muito tempo sentadas em frente a televisão, ou computador.
O pátio da escola pode se transformar em ateliê de artes plásticas, roda de histórias, brincadeiras de roda, jogos e porque não até um circo com varias atividades que envolvem o movimento do corpo?
Porém temos sempre que observar a segurança, previnindo situações de perigo na escolha do local e dos materiais utilizados.
 Mas o espaço para as crianças não se restrige ao espaço fisico: é um espaço de vida, com tudo aquilo que dele participa. É fundamental que todos se sintam acolhidos, seguros, respeitados e acima de tudo amados. ( Livro Oficinas de Sonho e Realidade, para quem deseja conhecer mais sobre Ed.Infantil)



sábado, 11 de agosto de 2012

A criança e o Prazer de Ler, Ouvir e Contar histórias






Contar histórias é fato antigo e indispensável a vida; e para o educador um elemento de educação.
Na atualidade temos diversos recursos para enriquecer a história, mas nada substitui a voz viva do contador de histórias, a qual transmitirá toda a emoção dos personagens que encantarão os ouvidos e o coração de quem estiver escutando.
Para que possamos nos utilizar deste maravilhoso recurso, em primeiro lugar é a escolha da história, nos apaixonarmos por ela, e após lermos e relermos, nos prepararmos para este momento mágico, ou seja, nos preparmos tanto fisicamente quanto psiquicamente, uma vez que contar histórias é um ato de entrega intensa, emocional, mental, intelectual e espiritual..
Podemos nos utilizar de fantoches, de livros, ou apenas contando, tendo como recurso a voz e o coração.
A voz, o corpo, os gestos devem estar em consonância com o enredo da história, buscando envolver os ouvintes a cada momento.
O que eu mais gosto é olhar no rostinho de cada criança enquanto conto uma história, perceber a expressão de espanto, as vezes de medo, de alegria, de admiração, enquanto escutam. Também gosto muito de hitórias interativas, quando o ouvinte participa.
 Olhem o sorriso das crianças no momento em que ouvem a história Menina Bonita do Laço de Fita, contada por mim e pela menina Vitória, na Evangelização da Sociedade Espirita Terezinha de Jesus.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dia dos Pais? Vamos Pensar.

Dia dos pais, dia das mães, são datas que é preciso rever em nossas escolas, pois nem todas as crianças tem os pais presentes. E muitas vezes o educador se sente precionado por toda uma história de comemorações de longa data, desenvolvida ao longo dos anos escolares. É preciso muita sensibilidade para não entristecer estes coraçãozinhos ja tão machucados pela ausência do pai ou da mãe.
Conversava com uma senhora já idosa, e ela lembrava ainda de como era triste o dia dos pais, pois tinha que fazer um cartão, mesmo sendo orfã, contava-me ela que a professora dizia: -você dá para a avó, ou se era dias dos pais: -Dê o cartão para seu tio.
Via os colegas contentes fazendo seus cartões e ela alí triste, tendo que fazer algo para quem não existia mais.
-No caminho de casa eu rasgava o cartão. Não era meu pai, puxa vida - contou-me ela.
E isso já aconteceu há muito tempo e esta senhora ainda não esqueceu.
Nos seminários sobre educação, em diversos livros educacionais, é sempre abordado a importância de conhecer a realidade da criança e partir do seus conhecimentos, cultura e experiências, sendo assim
não podemos desprezar as novas constituições famíliares e continuarmos agindo como antigamente, como se todas as famílias fossem  tradicionais: Pai, Mãe e Filho.
 Torna-se urgente rever estas datas, pois na atualidade devido as grandes mudanças, as famílias foram se reestruturando de diversas formas, segundo a realidade e necessidade do momento, porém de acordo com  a Psicanalista Silvia Molina, no coração da criança e na sua formação psiquica Pai e mãe são fundamentais, insubstituiveis. Os pais não necessariamente precisam estar juntos, mas precisam estar presentes na vida da criança.
 Há quem argumente sobre como ficam as outras crianças que têm a felicidade de ter os pais juntos ou ao menos presentes. Eu entendo que estas já estão felizes e continuarão independentemente de  fazer um cartão ou apresentação na escola. Com certeza comemorarão esta data com os demais familiares, é preciso pensar na criança que vive uma outra realidade e que infelizmente são muitas. Nossa fala tem de estar de acordo com a nossa prática e a nossa prática deve estar de acordo com a realidade de nossos educandos. 
Se na nossa realidade todos tem a felicidade de ter o pai presente,podemos tranquilamente trabalharmos esta data, mas se a realidade é outra, precisamos repensar.
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana."