quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dia dos Pais? Vamos Pensar.

Dia dos pais, dia das mães, são datas que é preciso rever em nossas escolas, pois nem todas as crianças tem os pais presentes. E muitas vezes o educador se sente precionado por toda uma história de comemorações de longa data, desenvolvida ao longo dos anos escolares. É preciso muita sensibilidade para não entristecer estes coraçãozinhos ja tão machucados pela ausência do pai ou da mãe.
Conversava com uma senhora já idosa, e ela lembrava ainda de como era triste o dia dos pais, pois tinha que fazer um cartão, mesmo sendo orfã, contava-me ela que a professora dizia: -você dá para a avó, ou se era dias dos pais: -Dê o cartão para seu tio.
Via os colegas contentes fazendo seus cartões e ela alí triste, tendo que fazer algo para quem não existia mais.
-No caminho de casa eu rasgava o cartão. Não era meu pai, puxa vida - contou-me ela.
E isso já aconteceu há muito tempo e esta senhora ainda não esqueceu.
Nos seminários sobre educação, em diversos livros educacionais, é sempre abordado a importância de conhecer a realidade da criança e partir do seus conhecimentos, cultura e experiências, sendo assim
não podemos desprezar as novas constituições famíliares e continuarmos agindo como antigamente, como se todas as famílias fossem  tradicionais: Pai, Mãe e Filho.
 Torna-se urgente rever estas datas, pois na atualidade devido as grandes mudanças, as famílias foram se reestruturando de diversas formas, segundo a realidade e necessidade do momento, porém de acordo com  a Psicanalista Silvia Molina, no coração da criança e na sua formação psiquica Pai e mãe são fundamentais, insubstituiveis. Os pais não necessariamente precisam estar juntos, mas precisam estar presentes na vida da criança.
 Há quem argumente sobre como ficam as outras crianças que têm a felicidade de ter os pais juntos ou ao menos presentes. Eu entendo que estas já estão felizes e continuarão independentemente de  fazer um cartão ou apresentação na escola. Com certeza comemorarão esta data com os demais familiares, é preciso pensar na criança que vive uma outra realidade e que infelizmente são muitas. Nossa fala tem de estar de acordo com a nossa prática e a nossa prática deve estar de acordo com a realidade de nossos educandos. 
Se na nossa realidade todos tem a felicidade de ter o pai presente,podemos tranquilamente trabalharmos esta data, mas se a realidade é outra, precisamos repensar.
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas uma alma humana."
 

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